Exatamente quatro anos depois, o Governador Sartori assina o Decreto 53.084 que muda o objetivo e os integrantes do Grupo de Trabalho instituído, em 2012, por Tarso Genro, para propor projetos e ações para implementar os três objetivos que o Movimento defende: a regularização fundiária das vilas, a criação do Parque Morro Santa Teresa e a manutenção da FASE no local. A finalidade do atual decreto passa a ser “avaliar estudos já realizados em relação ao imóvel”. Este Movimento nasceu, há seis anos atrás, exatamente em reação a “um estudo já realizado” no Governo Yeda Crusius que visava vender a área, gritando o Morro é Nosso.

O decreto retira do Grupo de Trabalho o principal ator da regularização fundiária, a Secretaria de Obras, Saneamento e Habitação – SOP. O titular da SOP, Gerson Burman, tinha entendido a importância do Decreto do Grupo de Trabalho, mais do que o secretário anterior do PT, e o implementou, e criou o grupo, dizendo que o Governador Sartori pediu prioridade para a regularização. Promoveu a reunião inaugural a 10 de março com a instituição do GT e foi realizada a primeira reunião a 3 de abril. No fim do mesmo mês, um ofício do Governador no Diário Oficial, suspende o Grupo de Trabalho.

E agora, a 21 de junho, edita o Decreto que altera o objetivo do GT para avaliação de estudos anteriores, engavetados na FASE. É estudo anterior a avaliação que doava a área de 74 ha, no coração de Porto Alegre, com vista maravilhosa, por 92 milhões, isto é, 1,2 milhão/hectare.

A propósito, o presidente da FASE, Robson Luiz Zinn, em reunião com lideranças comunitárias, em março de 2015, foi explícito: A Governadora Yeda estava certa em querer vender a área.

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